Voltei pra Brasília e a vida tem transcorrido de maneira
fácil... Eu tenho perdido um pouco do controle, confesso! Tenho me permitido
pequenas paixões, amores platônicos, amizades verdadeiras... Eis aqui a
história dos meus primeiros dois amores brasilienses... Desobedecendo a ordem
cronológica contarei duas histórias que um dia me farão rir, mas por enquanto
são duas histórias de amor, amor platônico, paixão impossível...
P, meu professor de salsa, tem encantado meus dias com
sua dança, passeado pelos meus sonhos e aumentado meu desejo pelo impossível.
Às vezes no meio da aula ele me toca, me abraça e me diz com o maior carinho do
mundo que eu vou aprender melhor. Sou péssima dançarina, mas isso tem me
rendido atenção especial, abraços e olhares carinhosos... Certo dia, no final
da aula, ele segurou minhas mãos enquanto me dizia que eu precisava perder o
medo de dançar, que precisava ficar firme na hora de girar e me deixar ser
guiada, mas naquela hora era o meu mundo que girava, ele me guiava nos meus
pensamentos e eu só conseguia sorrir, retribuindo o sorriso mais lindo que já
vi aqui em Brasília. Não estou exagerando quando digo que o sorriso dele é o
mais bonito... Sabe aquelas pessoas que sorriem com o corpo inteiro, ou melhor,
que sorriem com a alma? O P é uma dessas pessoas! Ele ilumina tudo quando
sorri, quando sorri e dança tão naturalmente que faz a gente querer ouvir salsa
pro resto da vida (faz 3 semanas que só escuto salsa o tempo inteiro). Mas
querer o Pedro é tão impossível quanto querer o brilho da lua só pra mim! Eu
ainda não mencionei um detalhe crucial para o desenrolar da minha paixão
brasiliense: O Pedro é gay! E eis aqui uma pessoa que entende o drama desse
tipo de paixão! Não é a primeira vez, nem será a última, tenho certeza! Kkk Mas
passemos à minha segunda paixão: O F, ah o F!
Nós juntos somos duas crianças, sempre brincando,
brigando... nossas conversas parecem dar tão certo, tudo flui naturalmente.
Quando estamos juntos o tempo passa rápido e leve que eu até perco a noção de
tudo... Esses dias estávamos voltando pra casa juntos, brincando, naquele clima
de quem quer ficar perto mas não faz ideia do motivo. Quando já estávamos
chegando ele de repente me pôs no colo e me levou até em casa assim. Tudo que eu
queria prolongar aquele momento pela noite inteira, só pra ficar perto dele....
Quando penso no
Felipe lembro da frase de uma música “meu riso é tão feliz contigo” e sorrio
por que isso descreve completamente o que somos juntos... Pra terminar, o
Felipe é aquele cara que daria certo em tudo, tudo mesmo... Mas sempre tem um
detalhe e nesse caso é uma namorada da qual ele é completamente apaixonado...
Esse é apenas um pequeno capítulo da minha história em
Brasília, qualquer hora eu volto aqui pra falar das pessoas que têm passado
pela minha breve estadia aqui... Eu tenho encontrado pessoas lindas e pessoas
que tenho certeza que saíram direto de um livro/filme para tornar os meus dias
mais interessantes...