quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Minha amiga Olívia me propôs que eu escrevesse as coisas pelas quais eu sou grata.
Tarefa simples, porém atípica!
A primeira e mais importante é sem dúvida a minha família! Cada um deles, escolhido com todo amor e carinho pra difícil tarefa de me aguentar kkk de ajudar a me encontrar nessa difícil caminhada... Sou grata por todos, do jeitinho que são...
Sou grata pela minha saúde... por coisas do tipo: tenho duas mãos, dois pés... e talz...
A vida é linda, eu sei, mas também é cruel. As fantasias nunca foram suficientes pra me alegrar... Não perca o foco, andréa, esse é um post de gratidão....
Universo, Deus, sou grata...
Por todas as escolas que eu estudei;
Por nunca ter faltado comida na mesa de ninguém da minha família;
Por ter aprendido desde cedo a gostar de estudar;
Pelas lembranças dos meus irmão me ensinando a ler;
Pela força de vontade de caminhar e atravessar o rio pra ir pra escola;
Por Elis, minha colega e amiga que me acompanhou durante todo o meu percurso escolar. O que seria de mim, criança tímida e assustada, sem ela? :)
Por todos os amores que ganhei e por ter perdido cada um deles também. Hoje sou muito mais forte.
Pelos meus gatos, que me fizeram companhia durante toda a minha vida - de Chaninha - Dudu - Edu - Graziela - Pierre - a Pandora. Quem seria eu, sem esse amor por meus gatos? E por minha mãe amá-los tanto quanto eu os amo!
Por toda coragem que tive pra sair de casa e por todo apoio que recebi;
Por Mabelle e Carina e por toda nossa historia!
Pela música, pelo violino, que me trouxeram de volta à vida;
Pelas viagens, pelos lugares que conheci...
Por cada dia que vivi em João Pessoa, até por aqueles insuportavelmente difíceis - e pelo amor que tenho por essa minha cidade do coração;
Pelos professores fantásticos, pessoas excepcionais que passaram pela minha vida: RENATA, Carol, Vanildo, Delmary;
Pelos meus amigos da graduação;
Pelo projeto Musicalização Infantil da UFPB, que mudou minha vida e me fez descobrir uma das grandes paixões da minha vida: dar aula pra crianças;
Pelas bebedeiras, pelas ressacas, pelas companhias...
Por TODOS os amigos que encontrei nesse longo (curto) percurso de vida;
Pelas casas que morei;
Pelos trabalhos que me sustentaram;
Pela força de vontade;
Pelo medo que me fez recuar e pelo medo que me fez seguir;
Pela minha graduação;
Pelo mestrado, pelo 1º lugar :D;
Por Brasília.... nos dias difíceis que eu queria voltar, que eu odiava a lógica da cidade e o jeito das pessoas;
Por ter aprendido a AMAR BRASÍLIA!!! com todo meu coração; Pelas paisagens, pelo show de beleza que Brasília me oferece todos os dias!!!
Pelos amigos que consegui aqui! Por tudo!
Ainda há infinitas coisas pra agradecer... coisas que até nem lembro. Mas Deus, obrigada, por tudo, por seu amor, mesmo quando eu não o mereço!!!

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Sonhando com o dia que os sentimentos e a simplicidade serão mais importantes que o estilo que eu me visto, a minha sandália havaiana e o meu lattes de pobre mortal (não, não sou atriz da globo).
Bom, eu não tenho um currículo lattes melhor que o seu, eu não conheço as mesmas coisas que você conhece, eu não participei dos seus projetos, não assisti os seus filmes, não ouvi suas músicas. Eu nunca fui nos lugares que vc foi, eu nem sei direito quem você é...
Você faz questão de ressaltar essa distância que vc acredita que existe entre nós.
Eu só vejo o quanto fomos próximos e vc só via o que nos separava: uma roupa, um status, popularidade, uma suposta superioridade... coisas que (pra mim) nunca tiveram a menor importância...
Eu dei o melhor de mim... e só você não viu...
O que fazer com essa constante vontade de não mais existir?
Hoje, depois de uma noite mal dormida, acordei cedo, olhei pela janela e não pude evitar a percepção de como o dia começava lindo. O céu nublado, um friozinho agradável... uma vista perfeita... um cenário de uma música... Respirei fundo... Mais um dia... Um dia a menos... Me perguntei, como faço todas as manhãs: Por que acordei mais uma vez? Quando poderei descansar dessa infinidade de desilusões presentes nessa vida?... Tenho um longo dia pela frente... e a noite, o mesmo pânico de dormir, o medo de acordar mais uma vez, a vontade imensa de acabar tudo... deitar a cabeça no travesseiro e chorar silenciosamente pedindo ao universo que finalmente o amanhã não exista...

domingo, 23 de novembro de 2014

Mais uma vez aqui... dois dias depois da crise, na verdade ainda em crise... tentando´me distrair de todas as maneiras possíveis... Hoje não senti fome, mas comi mesmo assim... Acho que daqui a pouco vou vomitar, preciso me machucar, sentir pena de mim mesma, preciso me sentir frágil... é sempre assim...

Tem horas que sinto uma certeza imensa que vou superar e conseguir, mas de repente um desespero invade meu coração e voltam todas aquelas sensações que me tanto me assustam... frio na barriga, ansiedade, náusea, um medo profundo...

Eu busco soluções pra minha vida, mas só consigo pensar na morte... Qqr pessoa diria que essa é a solução mais simples, mas pra mim, essa é a mais difícil... como eu gostaria de ir embora pra sempre... de não ter que viver nesse mundo... eu não consigo explicar essa sensação tão intensa de que eu não pertenço a este lugar, de que eu quero voltar pra algo que não sei o que é, nem onde é... "Nada me fixa nos caminhos do mundo"...

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Hoje já acordei chorando... perdi a calma... chorei, gritei, me bati, tentei me cortar mais... usei duas facas, não deu certo. Como um costume antigo, quebrei um copo, peguei um pedaço de vidro e fiz mais dois cortes, me senti feliz quando vi o sangue escorrendo no meu braço... queria me cortar mais, mas não quero ter que explicar nada pras pessoas.
Guardei o pedaço de vidro, como antes, ele vai ficar lá, escondido em um canto do guarda roupa, esperando mais uma crise...
Esse frio estranho que sinto depois de situações tristes... eu não posso compartilhar, não posso pedir pra alguém me dar colo, conversar comigo... eu sou louca, sou mesmo, essa é a triste realidade de uma vida aparentemente comum... eu sou doente, eu não posso ser normal! se isso tudo for normal, eu não vou aguentar mais viver...

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Se Deus lesse o meu blog, talvez ele deixasse de ser tão indiferente a minha dor... Se Deus existe e me ama, como a minha mãe tenta me convencer, por que essa sensação de solidão completa, de abandono total, esse vazio inexplicável... se Deus pudesse sentir a nossa, a minha dor! Ah! se Deus pudesse me ouvir e se interessasse em me responder!!! Eu poderia dizer pra ele que nem de longe ele pode imaginar como é sentir todas as dores do meu coração...

Eu tenho poucas esperanças, mas Deus, por favor, me ajuda!
Eu tenho uma vida aparentemente feliz... uma vida que muitos gostariam de ter... está tudo bem... mas o meu coração vai mal, como sempre foi... Semana passada minha psicóloga me perguntou desde quando eu tinha vontade de morrer e eu respondi que essa vontade me acompanha desde a infância... por essa afirmação fica fácil perceber que eu sou uma fracassada até em relação a isso...
Essa postagem não terá o menor nexo, assim como não tem a minha visão de mim mesma nesse momento:
Eu me vendo:
Estudante de mestrado, 28 anos, sentada no escuro digitando, o braço cortado por uma tesourinha, pouco sangue, ardendo um pouco... olhos inchados... uma dor sem nexo, como tudo na minha vida...

Eu gostaria de ter mais remédios pra tomar nessas horas... e dormir...

Hj eu conversei revoltadamente com Deus, perguntei sobre coisas que eu sentia, deduzi que meu anjo da guarda me abandonava naquele momento, desistia dos meus dramas... duvidei da existência dele e do próprio Deus... não obtive alívio ou resposta, cortei meu braço...
Levantei procurei um pedaço qqr de vidro e me dei conta de como fazia tempo que não me cortava, já tinha até jogado os meus vidrinhos companheiros de horas difíceis todos no lixo e hj a tesourinha da Luiza foi a única que ficou pra ouvir a minha dor... eu fechava os olhos e desejava o sangue, mas a dor era forte e só saíram poucas gotinhas, quase imperceptíveis... me senti frustrada: nem pra me cortar eu presto mais... senti saudade do tempo e do impulso que me deixava vermelha... a intensidade da dor é quase a mesma, mas me sinto velha e estranha, afogando as dores em automutilação sem profundidade... eu queria conseguir cortar o meu corpo todo e deixar a minha aparência igual o meu interior...

Eu sou mesmo ridícula... a definição dele que tanto me doeu, é no fim das contas a que mais me descreve... que outra palavra caberia a uma mulher de 28 anos, medrosa, assustada, problemática, insegura, sensível e outras mil coisas ruins...???

Essa semana vomitei algumas vezes também... Eu sou uma doente obsessiva e patética... nada além disso... eu tenho agora, especificamente nesse momento, um ódio infinito por tudo que eu sou e que eu suporto sorrindo por medo de ser mais magoada ainda....
 Eu sou uma doente obsessiva e patética que tem medo de tudo e se deixa ser humilhada, permanece estática, com um sorriso no rosto...
Eu sou uma doente obsessiva e patética e ridícula...