quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Minha amiga Olívia me propôs que eu escrevesse as coisas pelas quais eu sou grata.
Tarefa simples, porém atípica!
A primeira e mais importante é sem dúvida a minha família! Cada um deles, escolhido com todo amor e carinho pra difícil tarefa de me aguentar kkk de ajudar a me encontrar nessa difícil caminhada... Sou grata por todos, do jeitinho que são...
Sou grata pela minha saúde... por coisas do tipo: tenho duas mãos, dois pés... e talz...
A vida é linda, eu sei, mas também é cruel. As fantasias nunca foram suficientes pra me alegrar... Não perca o foco, andréa, esse é um post de gratidão....
Universo, Deus, sou grata...
Por todas as escolas que eu estudei;
Por nunca ter faltado comida na mesa de ninguém da minha família;
Por ter aprendido desde cedo a gostar de estudar;
Pelas lembranças dos meus irmão me ensinando a ler;
Pela força de vontade de caminhar e atravessar o rio pra ir pra escola;
Por Elis, minha colega e amiga que me acompanhou durante todo o meu percurso escolar. O que seria de mim, criança tímida e assustada, sem ela? :)
Por todos os amores que ganhei e por ter perdido cada um deles também. Hoje sou muito mais forte.
Pelos meus gatos, que me fizeram companhia durante toda a minha vida - de Chaninha - Dudu - Edu - Graziela - Pierre - a Pandora. Quem seria eu, sem esse amor por meus gatos? E por minha mãe amá-los tanto quanto eu os amo!
Por toda coragem que tive pra sair de casa e por todo apoio que recebi;
Por Mabelle e Carina e por toda nossa historia!
Pela música, pelo violino, que me trouxeram de volta à vida;
Pelas viagens, pelos lugares que conheci...
Por cada dia que vivi em João Pessoa, até por aqueles insuportavelmente difíceis - e pelo amor que tenho por essa minha cidade do coração;
Pelos professores fantásticos, pessoas excepcionais que passaram pela minha vida: RENATA, Carol, Vanildo, Delmary;
Pelos meus amigos da graduação;
Pelo projeto Musicalização Infantil da UFPB, que mudou minha vida e me fez descobrir uma das grandes paixões da minha vida: dar aula pra crianças;
Pelas bebedeiras, pelas ressacas, pelas companhias...
Por TODOS os amigos que encontrei nesse longo (curto) percurso de vida;
Pelas casas que morei;
Pelos trabalhos que me sustentaram;
Pela força de vontade;
Pelo medo que me fez recuar e pelo medo que me fez seguir;
Pela minha graduação;
Pelo mestrado, pelo 1º lugar :D;
Por Brasília.... nos dias difíceis que eu queria voltar, que eu odiava a lógica da cidade e o jeito das pessoas;
Por ter aprendido a AMAR BRASÍLIA!!! com todo meu coração; Pelas paisagens, pelo show de beleza que Brasília me oferece todos os dias!!!
Pelos amigos que consegui aqui! Por tudo!
Ainda há infinitas coisas pra agradecer... coisas que até nem lembro. Mas Deus, obrigada, por tudo, por seu amor, mesmo quando eu não o mereço!!!

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Sonhando com o dia que os sentimentos e a simplicidade serão mais importantes que o estilo que eu me visto, a minha sandália havaiana e o meu lattes de pobre mortal (não, não sou atriz da globo).
Bom, eu não tenho um currículo lattes melhor que o seu, eu não conheço as mesmas coisas que você conhece, eu não participei dos seus projetos, não assisti os seus filmes, não ouvi suas músicas. Eu nunca fui nos lugares que vc foi, eu nem sei direito quem você é...
Você faz questão de ressaltar essa distância que vc acredita que existe entre nós.
Eu só vejo o quanto fomos próximos e vc só via o que nos separava: uma roupa, um status, popularidade, uma suposta superioridade... coisas que (pra mim) nunca tiveram a menor importância...
Eu dei o melhor de mim... e só você não viu...
O que fazer com essa constante vontade de não mais existir?
Hoje, depois de uma noite mal dormida, acordei cedo, olhei pela janela e não pude evitar a percepção de como o dia começava lindo. O céu nublado, um friozinho agradável... uma vista perfeita... um cenário de uma música... Respirei fundo... Mais um dia... Um dia a menos... Me perguntei, como faço todas as manhãs: Por que acordei mais uma vez? Quando poderei descansar dessa infinidade de desilusões presentes nessa vida?... Tenho um longo dia pela frente... e a noite, o mesmo pânico de dormir, o medo de acordar mais uma vez, a vontade imensa de acabar tudo... deitar a cabeça no travesseiro e chorar silenciosamente pedindo ao universo que finalmente o amanhã não exista...

domingo, 23 de novembro de 2014

Mais uma vez aqui... dois dias depois da crise, na verdade ainda em crise... tentando´me distrair de todas as maneiras possíveis... Hoje não senti fome, mas comi mesmo assim... Acho que daqui a pouco vou vomitar, preciso me machucar, sentir pena de mim mesma, preciso me sentir frágil... é sempre assim...

Tem horas que sinto uma certeza imensa que vou superar e conseguir, mas de repente um desespero invade meu coração e voltam todas aquelas sensações que me tanto me assustam... frio na barriga, ansiedade, náusea, um medo profundo...

Eu busco soluções pra minha vida, mas só consigo pensar na morte... Qqr pessoa diria que essa é a solução mais simples, mas pra mim, essa é a mais difícil... como eu gostaria de ir embora pra sempre... de não ter que viver nesse mundo... eu não consigo explicar essa sensação tão intensa de que eu não pertenço a este lugar, de que eu quero voltar pra algo que não sei o que é, nem onde é... "Nada me fixa nos caminhos do mundo"...

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Hoje já acordei chorando... perdi a calma... chorei, gritei, me bati, tentei me cortar mais... usei duas facas, não deu certo. Como um costume antigo, quebrei um copo, peguei um pedaço de vidro e fiz mais dois cortes, me senti feliz quando vi o sangue escorrendo no meu braço... queria me cortar mais, mas não quero ter que explicar nada pras pessoas.
Guardei o pedaço de vidro, como antes, ele vai ficar lá, escondido em um canto do guarda roupa, esperando mais uma crise...
Esse frio estranho que sinto depois de situações tristes... eu não posso compartilhar, não posso pedir pra alguém me dar colo, conversar comigo... eu sou louca, sou mesmo, essa é a triste realidade de uma vida aparentemente comum... eu sou doente, eu não posso ser normal! se isso tudo for normal, eu não vou aguentar mais viver...

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Se Deus lesse o meu blog, talvez ele deixasse de ser tão indiferente a minha dor... Se Deus existe e me ama, como a minha mãe tenta me convencer, por que essa sensação de solidão completa, de abandono total, esse vazio inexplicável... se Deus pudesse sentir a nossa, a minha dor! Ah! se Deus pudesse me ouvir e se interessasse em me responder!!! Eu poderia dizer pra ele que nem de longe ele pode imaginar como é sentir todas as dores do meu coração...

Eu tenho poucas esperanças, mas Deus, por favor, me ajuda!
Eu tenho uma vida aparentemente feliz... uma vida que muitos gostariam de ter... está tudo bem... mas o meu coração vai mal, como sempre foi... Semana passada minha psicóloga me perguntou desde quando eu tinha vontade de morrer e eu respondi que essa vontade me acompanha desde a infância... por essa afirmação fica fácil perceber que eu sou uma fracassada até em relação a isso...
Essa postagem não terá o menor nexo, assim como não tem a minha visão de mim mesma nesse momento:
Eu me vendo:
Estudante de mestrado, 28 anos, sentada no escuro digitando, o braço cortado por uma tesourinha, pouco sangue, ardendo um pouco... olhos inchados... uma dor sem nexo, como tudo na minha vida...

Eu gostaria de ter mais remédios pra tomar nessas horas... e dormir...

Hj eu conversei revoltadamente com Deus, perguntei sobre coisas que eu sentia, deduzi que meu anjo da guarda me abandonava naquele momento, desistia dos meus dramas... duvidei da existência dele e do próprio Deus... não obtive alívio ou resposta, cortei meu braço...
Levantei procurei um pedaço qqr de vidro e me dei conta de como fazia tempo que não me cortava, já tinha até jogado os meus vidrinhos companheiros de horas difíceis todos no lixo e hj a tesourinha da Luiza foi a única que ficou pra ouvir a minha dor... eu fechava os olhos e desejava o sangue, mas a dor era forte e só saíram poucas gotinhas, quase imperceptíveis... me senti frustrada: nem pra me cortar eu presto mais... senti saudade do tempo e do impulso que me deixava vermelha... a intensidade da dor é quase a mesma, mas me sinto velha e estranha, afogando as dores em automutilação sem profundidade... eu queria conseguir cortar o meu corpo todo e deixar a minha aparência igual o meu interior...

Eu sou mesmo ridícula... a definição dele que tanto me doeu, é no fim das contas a que mais me descreve... que outra palavra caberia a uma mulher de 28 anos, medrosa, assustada, problemática, insegura, sensível e outras mil coisas ruins...???

Essa semana vomitei algumas vezes também... Eu sou uma doente obsessiva e patética... nada além disso... eu tenho agora, especificamente nesse momento, um ódio infinito por tudo que eu sou e que eu suporto sorrindo por medo de ser mais magoada ainda....
 Eu sou uma doente obsessiva e patética que tem medo de tudo e se deixa ser humilhada, permanece estática, com um sorriso no rosto...
Eu sou uma doente obsessiva e patética e ridícula...
 


domingo, 12 de outubro de 2014

Difícil assumir que sou uma pessoa doente... mas na verdade é isso... meus comportamentos e reações são doentios... a vida é uma tortura pra mim... eu sei que devo aceitar com fé e resignação, mas é difícil controlar essa sensação de abandono total, de inadequação... eu só quero aliviar essa dor, mas não sei como, talvez não exista uma maneira de controlar isso e eu apenas tenha que aceitar carregar essa dor comigo... eu preciso que alguém me entenda e me abrace, só isso...

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Alguém me ajuda a tirar essa dor do meu coração
eu não suporto mais caminhar sangrando
A morte tem demorado a chegar, eu a tenho desejado com toda força do meu ser, mas ela insiste em fugir de mim... ela vaga por aí abraçando pessoas apaixonadas pela vida, mas nunca me leva, logo eu que sonho estar em seus braços todas as noites... Logo eu que desejo ardentemente o seu hálito quente a sussurrar meu nome, a sua mão fria, presa a minha, a me guiar por mares distantes e me entregar a eterna paz do silêncio... mas como todas as pessoas do mundo, a morte também me rejeita...
Mesma dor, mas parece cada vez menos intensa... Mesma revolta, mas pareço até mais compreensiva com os jogos da vida... A vida nunca foi justa comigo, então por que esperar justiça?

Sorrir dói, dói profundamente... pensar vc dói, ir embora ou ficar, nada tem conserto... haja o que houver algumas coisas quebram de uma forma que não dá pra consertar... eu não sei como superar isso, eu não sei mais como lidar com a minha vida... eu me sinto como um brinquedo nas mãos de uma criança cruel e entediada que procura diversão no sofrimento alheio...

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Como eternizar um momento? Eu só queria extrair essa memória e olhá-la infinitas vezes... eu queria escrever, desenhar e gritar pro mundo inteiro ouvir cada segundo dessa memória...
Eu queria repetir todas as palavras que vc disse, eu queria ouvir mais uma vez cada melodia que vc cantou, queria emoldurar aquele momento exato em que vc sorriu e me beijou no rosto...
Eu queria guardar pra sempre, dentro e fora de mim, o timbre da sua voz no exato momento em que vc pronunciou meu nome...
Eu já nem lembro a sequência exata de cada frase e eu tenho medo que aos poucos a sua voz se perca no emaranhado de lembranças que passeiam sob meus olhos... que a sensação da sua pele tocando a minha perca o sentido no meio de tantos dias difíceis...
Eu queria repetir milhares de vezes as frases clichês sobre o amor, que vc cantou pra mim, eu queria guardar numa redoma de vidro a vibração da tua voz recitando um poema pra mim... eu queria sentir outra vez, pelo menos mais uma vez, o coração acelerando lentamente enquanto minha cabeça encostava no teu ombro e eu te ouvia dizer: "Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho [tatuado em meu corpo] [...] todos os sonhos do mundo".
E a lembrança, durante esse momento, das tuas mãos deslizando devagar e encontrando as minhas, da tua boca passeando pelos meus seios, dos teus olhos lendo em mim a poesia gravada com lágrimas e dor... eu era uma página de um livro, um pedaço de papel amassado com frases soltas... eu era todos os sonhos em uma única frase... eu era a própria poesia, escrita pra vc, feita pra ser tua, apenas esperando o amanhecer para que a sua presença se desfizesse junto com a escuridão, levando embora toda sombra, deixando apenas um sorriso e a sensação de que "tenho em mim todos os sonhos do mundo"

terça-feira, 1 de julho de 2014

“Ah, se já perdemos a noção da hora, se juntos já jogamos tudo fora me conta agora como hei de partir” (Chico Buarque).
Primeiro de julho, pessoas se sentido esperançosas e eu me perguntando (junto com o Chico rs) como é que eu posso ir embora, aqui sem sair do lugar? como eu posso tirar de mim essa vontade de viver em um mês tudo que quero pra uma vida toda e depois simplesmente ir?... O tempo está passando e eu não “quero a sorte de um amor tranquilo” (Cazuza), nem sorte, nem amor, nem nada... eu só quero segurar na tua mão e me perder completamente, aqui, aí, sem sair do lugar ou em qualquer lugar... Onde quer que a gente vá ou deixe de ir, eu só quero estar com você AGORA, deixa o depois pra depois... Julho vai acabar, a vida vai acabar e a gente complicando a vida ou a vida complicando a gente, eu já nem sei mais...

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Quem nunca sentiu aquela sensação de "solidão acompanhada" que atire a primeira pedra... Esses dias, apesar de não gostar muito, acabei indo a uma dessas festas de São João. No meio de tantas pessoas, lá estava eu, rodeada de "amigos", colegas, conhecidos e desconhecidos... em alguns momentos eu parava e me perguntava "o que eu estou fazendo aqui?" apesar de me sentir um "peixe fora d'água - borboletas no aquário" (eng. hawaii) isso serviu para analisar muitas coisas... Parei um pouco para observar as cenas ao meu redor e tudo me pareceu tão vazio de um jeito que me dava vontade de morrer só pra não estar alí... Só conseguia ver um monte de pessoas carentes tentando preencher vazios da alma com bebidas, drogas, namoros vazios (se é que se pode chamar assim) e uma porção de futilidade que chega a dar nojo... [[[Sei que parece preconceituoso, mas essa foi a minha impressão, não quer dizer que seja geral ou que seja verdadeira - é apenas resultado do meu momento]]]...
Eu comecei a pensar em tudo que havia passado - o reencontro com Alan, as coisas que ele me disse que me fizeram chorar uma noite inteira - depois o modo como esqueci tudo e fui pra casa dele - os três dias perfeitos que passamos juntos e depois de tudo chegar em Patos (só fui pra tentar ficar mais tempo com ele) e me ver alí naquele vazio imenso sabendo que ele estava lá no meio daquelas pessoas, feliz com toda aquela futilidade - sabendo que ele preferiu tudo aquilo do que ficar comigo... tudo isso me fez pensar se realmente deveria ter ido, e principalmente me fez perceber a gritante necessidade de ficar o mais longe possível dele - o quanto ele me faz mal... Estou triste por isso - por não poder mais vê-lo... Triste principalmente por perceber que mais uma vez as coisas dão errado.. eu sinceramente perdí a esperança... tenho tentado acreditar e ter fé na vida, mas está cada vez mais difícil...
Da coleção ''decisões difíceis que eu gostaria de fugir''... Diante do maior impasse dos últimos tempos, (os clássicos dualismos da história - luz e sombra - razão e emoção...), cá estou, longe de casa (afinal nem sei onde é minha casa - outro problema), longe de tudo, me perguntando pq vim parar aqui e chego a óbvia conclusão de que eu sou uma irresponsável e que eu vou até o fim qnd algo realmente me desperta - Seria isso algo positivo, então? nesse caso, NÃO! Falta em mim aquela noção de direção, senso de sobrevivência, sei lá... É sempre assim, eu vou e pronto! Não importa o tamanho da queda se o salto valer a pena (e nunca vale)... Isso é saber viver? NÃO! Eu caminho em constante perigo, o ponto de chegada é a autodestruição e eu sou tão consciente disso que poderia até dizer que a minha vida é um lento e constante suicídio!
Bom, dessa vez eu pretendo fazer diferente, eu tenho outros planos, eu escolho a paz, escolho a razão, escolho fazer o certo... E que a saudade seja uma breve companhia pq o mundo me espera e eu ainda tenho muitos saltos, muitas quedas, muitas alegrias, mas sobretudo muitas dores pra esquecer...

domingo, 1 de junho de 2014

Há 10 meses estou morando em Brasília e ao longo desse tempo a pergunta que mais ouvi foi "Pq vc veio pra Brasília?", eu geralmente dou uma resposta qualquer (de acordo com a minha vontade de conversar no momento). Na verdade nunca tinha sentido a necessidade de responder realmente, até agora.
Então, pq eu vim pra Brasília? Impossível responder essa pergunta sem voltar a lembrança da minha primeira mudança, então vamos lá!
Logo depois que completei 18 anos eu resolvi que iria estudar em João Pessoa, mas o que me fez decidir não foi de fato a ideia de estudar (apesar desse ter sido um ponto muuuito importante), o principal objetivo foi tentar deixar um isolamento total do qual eu não conseguiria sair sem uma grande mudança (Talvez nem seja tão grande assim, mas para os que me conhecem bem, é fácil entender a dimensão dos meus pequenos passos). Eu estava na minha zona de conforto (totalmente imersa em mim mesma), mas algo lá no fundo, como uma voz baixinha, me dizia pra sair rápido ou talvez ficasse lá pra sempre. Decidi ouvir essa voz e ir embora pq eu precisava (aos 18 anos!!!) começar a aprender o que é ter uma mínima convivência com outras pessoas. No início foi difícil (eu diria quase impossível!) por inúmeras questões que não vêm ao caso, mas a principal delas é que viver como uma pessoa comum era extremamente assustador, mas era a minha escolha, tornar-me uma pessoa, uma pessoa melhor.
Mudar pra João Pessoa foi a melhor coisa que podia ter feito na vida! Depois de um longo e difícil tempo de adaptação eu comecei a me sentir um pouco viva! Lembro que comemorava cada vez que conseguia fazer algo sem importância do tipo sair de casa sozinha, ir pra lugares cheios de pessoas, resolver problemas de casa, até fazer amigos era algo novo e motivo de comemoração!
Para as pessoas que me conheceram no início do início ao fim do curso, é possível perceber como foi clara a mudança no meu jeito de ser (embora ainda precisasse mudar muito).
Terminei a graduação, comecei a trabalhar... a vida estava seguindo bem, mas sentia que estava me escondendo outra vez, me acomodando por medo de fazer novas escolhas... Ainda estava longe de ser o que desejava e ficava sempre o medo de estar enganada e perceber que na verdade eu era a mesma menina assustada. Eu pensei muito sobre o que queria fazer da minha vida e escolhi os caminhos mais difíceis pq mais uma vez eu precisava me por a prova, precisava saber se eu seria capaz de ser forte mais uma vez, se eu me adaptaria a outro lugar ou as minhas mudanças tinham voltado ao zero... e foi aí que eu decidi mudar de cidade! Por uma questão de datas, Brasília foi a primeira a ser escolhida. Fiz a inscrição, estudei muito (muito mesmo), fiz a prova, passei e aqui estou!
Lembro que quando liguei pra minha mãe pra contar o resultado ela ficou super feliz e eu do outro lado tentando parar de chorar e comemorar, mas eu não conseguia comemorar, eram lágrimas de tristeza, de medo, de dor, de vontade de permanecer no mesmo lugar... eu só conseguia pensar em como ia ser difícil, mas também tinha aquela voz la no fundo que dizia que as coisas podiam dar certo... Mesmo com medo eu vim, eu precisava saber se eu era capaz....
Não posso dizer que tudo foi simples e fácil, mas a adaptação aqui foi muito mais rápidal. Posso listar uma série de conquistas (que seriam bobas pra maioria das pessoas) que foram muito importantes pra mim.
Hoje, depois de tudo isso, posso dizer que (apesar de alguns probleminhas) realmente gosto da minha vida em Brasília, gosto de como estou mudando, gosto da maneira como me aceito e de como penso nos sonhos futuros.
Hoje sou uma pessoas muito mais leve, eu diria quase normal (kkk). As pessoas ainda implicam um pouco com meu jeito, mas agora eu sei exatamente com o que devo me incomodar, sei o que o quero mudar, o que devo mudar e principalmente o que gostaria que permanecesse... Eu me conheço um pouco mais e reconheço que ainda há um loooongo caminho a percorrer, mas agora isso me assusta bem menos...

domingo, 4 de maio de 2014

Cheguei em Brasília há 9 meses atrás! Como o tempo passou rápido. Acho que finalmente me sinto em casa, sentia falta dessa sensação e achava que nunca ia sentir isso aqui, mas agora me surpreendo com a minha familiaridade com Brasília...

Mudar foi um impacto enorme! Como as pessoas têm hábitos e maneiras de viver diferentes das que eu estava habituada!!! Logo que cheguei me dei conta de que vários dos meus valores eram um tanto quanto conservadores, hoje não tenho certeza se todos mudaram, mas com certeza hoje tenho uma consciência maior dos meus pensamentos e concepções...

Morar em república com mais dez ou doze pessoas realmente foi um aprendizado enorme! Sem contar com a diversão de conhecer verdadeiras figuras!!!

Ingra - rainha da monarquia (kkk), namorada e ex namorada da Denise (pessoa meiga, que me perguntava se eu queria trocar de time!).
Juci - Colega fantasma, com um ego enorme! Ah as novelas do Voltaire! (kkk) Através da Juci, conheci um pouco mais sobre a filosofia da Rosa Cruz, até fui conhecer o prédio e assistir uma reunião! Encontro interessante!
Hugo - o morador da sala, o cara do sofá! Extremamente inteligente!
André - O cara zen que fuma maconha todo dia o dia todo (kkk). Meio "filhinho de papai", que não precisa ter responsabilidade com a vida... Mas um cara gente boa... doido... e maconheiro...
Franklin - O cara do violino desafinado, que não tinha interesse em fazer novos amigos! Nunca esquecerei do episódio em que a Andressa queria "tirar a virgindade" do Franklin kkkkkkkk
Lucas - Um belo dia o Lucas se tornou amigo, daqueles grudentos, mas durou pouco, ele foi embora, para o bem da nossa paz kkkk
Tiago Petit - Um fofo, um maluco, um sonhador! Veio de Roraima pra morar aqui sem nada além de sonhos e disposição infinita para festas all the time kkkk Andamos de patins, fumamos muitos cigarros e graças a ele virei amiga do Felipe! (*-*) O Petit ficou apenas um mês e mudou pro apê de uma cara (história louca), nunca mais nos vimos, tenho quase certeza que nunca mais nos veremos!
Felipe - O cara mais fofo, lindo, meigo e gente boa que poderia conhecer no meio dessa maluquice que é Brasília! (não bebe, não fuma, não toma água da torneira kkk) - nem sei o que falar do Felipe!!! uma criança que me faz lembrar do meu lado criança tbm! O cara que me ajuda a roubar plantas e roubou uma plantinha linda pra mim! (<3) - O Felipe, ah o Felipe...!
Thiago (cópia do Petit - o original) - Chegou da Espanha, caiu de paraquedas na república. Tornou-se meu amigo, almoçamos juntos no RU. Apaixonado pelo Cris, um diplomata americano (:O), eles vão casar e morar no México!!! O Thiago acredita no amor - sempre discordamos sobre isso hehehe

Ah faltou a Andressa, que na verdade deveria ter sido a primeira. Chegamos na república no mesmo dia! Eu estava doente e ela sempre me perguntava se eu estava melhor! Fiquei melhor e fomos pra um show do Fagner, aos poucos fomos nos tornando amigas! Juntas e bêbadas tumultuamos uma reunião da república, andamos loucas no happy hour, bebemos no pds ou em qualquer lugar! Fizemos a revolução, saimos da república e moramos na Kit linda *-*. Conheci as amigas dela (ela até já conheceu meus amigos em Jampa!). A Andressa é a minha melhor amiga aqui, graças a ela a minha estadia em Brasília tornou-se melhor!
Forte necessidade de escrever... não sei exatamente sobre o quê...

Hoje são 04 de maio de 2014, estou em Brasília. Ao que parece, finalmente eu gosto da cidade! Já não me vejo longe... João Pessoa parece pequena demais para os meus minúsculos sonhos... Aqui eu me sinto no meio do mundo, como se eu pudesse ir pra qualquer lugar que quisesse, como se tudo fosse possível!
Não sei como farei pra ir embora, não sei se terei realmente coragem de ficar... Esses pensamentos atormentam minha paz... Eu me sinto apaixonada pela vida em Brasília...

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Voltei pra Brasília e a vida tem transcorrido de maneira fácil... Eu tenho perdido um pouco do controle, confesso! Tenho me permitido pequenas paixões, amores platônicos, amizades verdadeiras... Eis aqui a história dos meus primeiros dois amores brasilienses... Desobedecendo a ordem cronológica contarei duas histórias que um dia me farão rir, mas por enquanto são duas histórias de amor, amor platônico, paixão impossível...
P, meu professor de salsa, tem encantado meus dias com sua dança, passeado pelos meus sonhos e aumentado meu desejo pelo impossível. Às vezes no meio da aula ele me toca, me abraça e me diz com o maior carinho do mundo que eu vou aprender melhor. Sou péssima dançarina, mas isso tem me rendido atenção especial, abraços e olhares carinhosos... Certo dia, no final da aula, ele segurou minhas mãos enquanto me dizia que eu precisava perder o medo de dançar, que precisava ficar firme na hora de girar e me deixar ser guiada, mas naquela hora era o meu mundo que girava, ele me guiava nos meus pensamentos e eu só conseguia sorrir, retribuindo o sorriso mais lindo que já vi aqui em Brasília. Não estou exagerando quando digo que o sorriso dele é o mais bonito... Sabe aquelas pessoas que sorriem com o corpo inteiro, ou melhor, que sorriem com a alma? O P é uma dessas pessoas! Ele ilumina tudo quando sorri, quando sorri e dança tão naturalmente que faz a gente querer ouvir salsa pro resto da vida (faz 3 semanas que só escuto salsa o tempo inteiro). Mas querer o Pedro é tão impossível quanto querer o brilho da lua só pra mim! Eu ainda não mencionei um detalhe crucial para o desenrolar da minha paixão brasiliense: O Pedro é gay! E eis aqui uma pessoa que entende o drama desse tipo de paixão! Não é a primeira vez, nem será a última, tenho certeza! Kkk Mas passemos à minha segunda paixão: O F, ah o F!
Nós juntos somos duas crianças, sempre brincando, brigando... nossas conversas parecem dar tão certo, tudo flui naturalmente. Quando estamos juntos o tempo passa rápido e leve que eu até perco a noção de tudo... Esses dias estávamos voltando pra casa juntos, brincando, naquele clima de quem quer ficar perto mas não faz ideia do motivo. Quando já estávamos chegando ele de repente me pôs no colo e me levou até em casa assim. Tudo que eu queria prolongar aquele momento pela noite inteira, só pra ficar perto dele....
 Quando penso no Felipe lembro da frase de uma música “meu riso é tão feliz contigo” e sorrio por que isso descreve completamente o que somos juntos... Pra terminar, o Felipe é aquele cara que daria certo em tudo, tudo mesmo... Mas sempre tem um detalhe e nesse caso é uma namorada da qual ele é completamente apaixonado...

Esse é apenas um pequeno capítulo da minha história em Brasília, qualquer hora eu volto aqui pra falar das pessoas que têm passado pela minha breve estadia aqui... Eu tenho encontrado pessoas lindas e pessoas que tenho certeza que saíram direto de um livro/filme para tornar os meus dias mais interessantes...
Sobre Brasília...


Já morava em Brasília quando certa vez ouvi a frase “Brasília é uma prisão ao ar livre!" Pensei um pouco e aquilo não fez muito sentido pra mim (fora o sentido real da frase, claro!). Hoje me dei conta de que tipo de prisão essa frase me toca... Estar em Brasília é viver constantemente em uma liberdade assustadora, mas os sentimentos, esses sim estão presos, calados, guardados e até esquecidos. Quando chega-se aqui é quase palpável esse despir de sensações... felicidade, amor, saudade... tudo fica guardado em segurança para ser devolvido quando você conseguir (decidir ) ir embora, quase como uma caixa de Pandora, mas que você não ousa abrir...
Os rostos, as vozes e os momentos vão desaparecendo da sua memória imperceptivelmente e quando você se dá conta o seu coração desacelerou de uma forma extraordinária... São cores diferentes, ritmos diferentes, sons diferentes... você ouve até a sua própria voz! Tudo em câmera lenta...

Lembro que da última vez que voltei pra João Pessoa, quando vi, ainda do céu, tantas luzes brilhando eu senti meu coração acelerar muito, eu mal podia esperar para ver tudo! Os lugares, as pessoas... tudo! Eu as queria todas de uma vez, como se elas acabassem de surgir na minha mente e eu nunca tivesse sentido uma necessidade tão grande de (re)conhecê-las. Na verdade, era como se elas nunca tivessem existido de verdade. Eram personagens de um livro qualquer e eu estava prestes a entrar na história e representar o papel principal.
Quando finalmente coloquei os pés no chão, Brasília estava distante de uma forma tão grande que eu poderia afirmar que tudo não havia passado de um sonho estranho...

Agora estou de volta à minha prisão e ainda não consigo respirar ao ar livre. Embora prisioneira de mim mesma tudo transcorre na mais perfeita liberdade. Voltam as cores, as luzes... tudo com aquele certo ar de novidade.
Eu volto ao meu papel, não mais protagonista, mas figurante, compondo uma grande cena onde também me chamo Andréa, mas isso não faz o menor sentido, aqui eu poderia ser o quisesse, quem quisesse e ainda assim não seria...
Agora que estou aqui, todo o resto da minha vida também parece distante de uma forma tão grande que eu poderia afirmar que tudo não passou de outro sonho estranho...

Algumas vezes eu estou nos cenários de uma forma tão comum que chego a pensar se não sou mesmo personagem de um filme, um pouco Mônica, um pouco Bia, um pouco Clarisse... mas nada disso me incomoda realmente, aqui nada me incomoda realmente. Eu caminho sobre uma fina camada de gelo e a única coisa que me move é a certeza de que se eu parar o gelo quebra...e eu me afogo...

Faltou dizer que essa ausência de realidade fora de mim não é negativa, muito menos a ausência temporária desses sentimentos...
Eu ando começando a entender a vida em câmera lenta, a gostar das cores do cerrado... eu ando aprendendo a amar platonicamente... eu ando me brasiliando... (kkk)

sábado, 22 de março de 2014

Era um livro do Vinícius, tinha um poema que eu sempre esquecia a página, "A vida vivida" eu folheava e relia quantas vezes eu sentisse sede de saber quem eu era naquela época... Eu relia e na página seguinte eu já não era mais a mesma. Busca inútil por mim mesma, perdida entre soluços e sorrisos, glória e culpa...
Todas as manhãs eu não sabia quem eu era antes reler algumas frases, de rever rabiscos e fotos em branco e preto, de sofrer pequenas mortes e ouvir o som do meu grito calado, chorando um habitual desespero...
Agora eu percebi que não foram objetos que deixei pra trás, foram pedaços de mim mesma que se arrancaram aos poucos e as feridas não cicatrizaram, o sangue ainda escorre do meu corpo e eu sinto a vida indo embora, escorrendo de volta para o lugar de onde nunca deveria ter saído...
Eu quero muito voltar pra João Pessoa... não sei  mais o que fazer com essa vontade de ir embora daqui... de voltar pra minha vida! Mas eu penso que não tenho mais casa, não tenho mais meu lugar... o que vou fazer pra conseguir voltar???

terça-feira, 4 de março de 2014

Daqui a poucos dias vou voltar pra Brasília, como era de se esperar a minha cabeça está a mil.......... eu não consigo parar de pensar nisso. Estou me divertindo, mas a ideia de ir embora, de deixar Alan, está torturando meus pensamentos o tempo todo... São tantas coisas que eu gostaria de dizer pra ele, mas sei que não teremos essa conversa...



.....................................................................................................................
Há tanto tempo a vida vinha perdendo o sentido e eu estava naquela fase em que vc pensa "algo bom precisa acontecer RÁPIDO!!!"  e de repente, quando eu já não esperava nada de bom a vida me trouxe vc... e desde o primeiro, quando estávamos sentados na areia, vc estava tocando violão e eu não conseguia parar de te olhar, eu soube que ia gostar de vc... Depois tudo foi acontecendo tão naturalmente e quando eu percebi já estava tão envolvida que era impossível não me preocupar com saudade que ia sentir qnd viajasse....
Depois, no dia que vc me mandou a mensagem dizendo que era melhor a gente não se ver mais, eu lembro como me senti boba, relendo a mensagem milhares de vezes e tentando me convencer de que isso era melhor mesmo, mas eu não me convenci e lá no fundo deu uma dorzinha de saber que não iria mais te ver....

Agora eu não consigo parar de pensar que eu vou embora e não vou mais te ver... eu entro em pânico quando penso que só voltarei depois de tanto tempo e nesse tempo vc vai encontrar alguém... eu continuarei te esperando e será uma espera sem fim, pq o somos e sentimos hj será infinitamente distante de tudo quando eu voltar...
É carnaval. Convencionalmente, uma data feliz. Eu sorrio, muito! não posso dizer que não é autêntico, é. Mas sinto como se todos os pequenos ossos e articulações do meu rosto tivessem uma estranha conexão com algo que dói no fundo da alma. É isso, é sempre isso, eu sorrio e é como se algo bem no fundo da alma fosse acionado para sentir essa dor lancinante... eu sorrio e é como se toda dor mundo se apertasse no meu coração e permanecesse alí, em silêncio, querendo explodir... E toda calma do meu ser esconde o caos.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Quem poderia entender a dor de tantas idas e vindas... O tempo está passando, daqui a pouco tempo terei que voltar pra Brasília, pra outra vida, outra rotina... e mais uma vez abrir mão de pessoas que amo... Até quando terei que me despedir? até quando terei que ir embora? até quando terei que sentir essa angústia infinita de ver o fim em cada despedida??? Lembro da frase "em cada despedida existe a imagem da morte", nada pode descrever melhor essa sensação...

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Ando um pouco confusa com tudo que está acontecendo... Tenho que voltar pra Brasília, isso é fato.
Não sei exatamente o que estou sentindo... estou muito confusa!

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Depois de tanto tempo volto aqui e revejo minhas postagens, sinto mais uma vez cada uma das dores que me fizeram escrever cada palavra... Hoje a vida está surpreendentemente diferente da última vez que escrevi... Não moro mais em João Pessoa, não tenho mais meu ap que eu gostava tanto... sou mestranda, moro em Brasília, há tanto tempo não tenho crises... Me acostumei um pouco com a solidão (Eu acho)!
A vida, ah a vida! ainda dói como se acordar todos os dias fosse mais uma morte pra ser sentida, mas a cada fim de tarde eu sou mais uma sobrevivente!


ATUALIZANDO... Coisas que escrevi durante esse tempo...

Setembro de 2012

Nunca me permiti os "romantismos e melosidades", os olhares vagos e o pensamento longe... mas hj, ah foda-se! só hj eu vou me permitir a intensidade desse gostar absurdo!
Então... durante longos minutos observei cada traço do seu rosto, cheguei até a ouvir sua voz gravada no meu subconsciente! relembrei cada momento, cada detalhe... do início ao fim! me perguntei _ será que podia ter sido diferente? a resposta é clara: NÃO!... então, sendo assim, não há o que reclamar! há apenas o que sentir... não importa a fragilidade a que isso me leva, não importa que não haja resposta... como já disse Drummond "Amor é estado de graça/ E com amor não se paga. Amor é dado de graça". E assim será! pq amanhã é outro dia e há que se voltar a dura realidade atrás dos muros que me escondo!

Outubro de 2012

Eu vou pra onde a minha vontade me levar, sempre!
Eu nunca mais vou perder um segundo do meu tempo me preocupando com o que as pessoas acham ou deixam de achar, pq no fundo cada um acredita apenas naquilo que quer acreditar...
Eu tô seguindo do meu jeito... nem sempre dá certo... mas a vida é curta! E nesse exato momento eu não estou interessada em certezas e sim em "histórias pra contar"...
Quando tudo der errado eu vou me permitir chorar... mas por enquanto eu tenho que me permitir ser alegre, por mais autodestrutivo que isso seja...

Janeiro de 2013

Algumas vezes eu não consigo evitar essa forte sensação de "não ser daqui", de não pertencer a este mundo, a esta vida!
Não é tristeza, nem nada parecido. É apenas uma certeza, uma constação de algo que nem eu mesma consigo entender...
Isso acontece sempre! Em um minuto estou conversando, trabalhando, dançando... e no minuto seguinte essa forte sensação me invade e me tira do lugar onde estou. Fico parada, como se estivesse numa espécie de piloto automático, mas o meu pensamento está a mil por hora... Aparecem mil questionamentos que eu não sei responder... e eu me pergunto pq enquanto milhares de pessoas estão levando suas vidas tranquilamente (ou não) eu estou aqui (ou em qualquer lugar) me sentindo diferente do mundo inteiro?!?!?!?!?!?!?!?!

Maio de 2013


Eu tô cansada de ver tanta homofobia, machismo, preconceito e babaquice de modo geral! Porra! Pq as pessoas simplesmente não cuidam da sua própria vidinha e param de tentar encaixar os outros no seu padrão/crença/religião...?
Se as pessoas se limitassem as suas acusações ridículas de todos os tipos, ainda seria suportável, mas não! tudo isso chega ao absurdo de virar agressão e até morte! Onde vai parar o ser humano??????

Eu definitivamente não quero criar meus filhos (se é que os terei!) no meio dessa sociedade excludente que ensina que o diferente é feio e errado, que implicitamente aceita que o homem pode bater na mulher (pq acredita que ela é sua propriedade), que reprime a liberdade feminina [Eu tô cheiaaaa dessa história de que "mulher de verdade" é aquela do tipo "Amélia" . E o pior é que ainda existem muuuitas mulheres propagando essa visão!], que exclui, maltrata, agride e mata por causa da orientação sexual...
Eu particularmente quase tenho um ataque de raiva todas as vezes que me deparo com essa visão de que mulher tem que ser submissa e "candidata a santa". Minha gente, acorda!!! A sua visão de mundo pequena e limitada não te dá o direito de julgar o outro NUNCA! A gente precisa aprender a ter respeito com o outro, seja como for, SEMPRE! Somos todos seres humanos e NADA JUSTIFICA A VIOLÊNCIA (de qqr tipo)!!! Então pra q e pq tanto preconceito??? Vamos viver a nossa própria vida e deixar que os outros vivam da maneira que quiserem  Como dizia Raul () "Baseado em q, vc pune quem não é vc?"


Agosto de 2013

"Odeio quem não perde a calma, quem nunca desobedece as regras e anda sempre na linha tênue da razão... Vive apático em um sono sem sonhos, alimentando-se de superficialidades e morrendo de fome... "


Talvez eu tenha passado a vida inteira procurando nos lugares errados... Talvez se trate apenas de um conceito equivocado que eu aprendi muito cedo ou um trauma qualquer que eu queria superar, uma situação ruim que eu deseje inconscientemente reparar (re)vivendo-a de forma positiva... Talvez seja isso mesmo e tudo se trate de uma teoria que não se aplica a nada...

Quando passei no mestrado

Obrigada pessoas queridas do meu coração kkkk Se não fosse por cada um de vcs, eu não estaria aqui!


Obrigada Carol, por todos os ensinamentos, os conselhos, o incentivo... Grande parte dessa conquista eu devo a vc! me orgulho muito de ser sua aluna e fico muito feliz de estar dando início a essa nova etapa tendo aprendido tanto com vc! Te admiro muito, vc é um exemplo pra mim!

Obrigada a todas as pessoas da Musicalização, TODOS vcs estão no meu coração, as experiências que vivi no projeto foram fundamentais não só pra minha formação profissional, mas principalmente pessoal. A Musicalização ocupa um espaço enorme no meu coração kkk  Lá descobri que eu amo trabalhar com crianças, encontrei amizades verdadeiras e isso tudo com certeza tem me tornando uma pessoa melhor!

Obrigada Renata, por todas as inúmeras conversas e conselhos desde que fui morar em João Pessoa, graças a muitas dessas conversas eu consegui superar muitos medos e seguir em frente. O carinho que sinto por vc é imensurável!

Obrigada a TODOS os meus amigos e colegas que torceram e ficaram felizes por mim...
E principalmente Luã e Samara que me ouviram reclamar toooodos os dias do cansaço de estudar, que me deram força quando eu estava com medo e me disseram que eu ia conseguir quando nem eu mesma acreditava nisso!

Obrigada a minha família que tanto torce por mim e me dá apoio incondicional, independente do tamanho da minha loucura kkkkkkk

Obrigada a todos me ajudaram até hj e que me acolheram nessa cidade que eu amo de coração!!! JOÃO PESSOA daqui a dois aninhos estarei morando aí novamente kkkk

Dias difíceis virão, mas estarão acompanhados de muitos aprendizados e é isso que importa!

Setembro de 2013

Algumas vezes eu acho que vou acordar a qualquer momento entre meus travesseiros, abrir os olhos sonolenta, puxar um urso qualquer jogado na cama e ficar esperando o despertador tocar mais uma vez... depois, finalmente abrir os olhos assustada, olhar pro lado e ver as fotos na parede, a minha história contada em pedacinhos coloridos espalhados por todos os cantos! tantos amores, desamores, ilusões, sonhos secretos... Tudo bagunçado do meu jeitinho... E levantar da cama, sentir aquela gratidão secreta pela vida, estampada no "Bom Dia" escrito com minha própria letra na porta do banheiro...

Às vezes, eu acho mesmo que vou acordar, sair sonolenta com o cabelo desarrumado e fazer meu café, olhar as fotos na geladeira, sorrir, brincar com Pandora, ficar pela cozinha conversando com os meninos, ligar o computador, assistir uma série qualquer...
Eu chego até a ouvir o barulho das crianças na escola ao lado, as brigas da vizinha, o som da TV, do rádio, do computador, tudo ligado ao mesmo tempo...
Depois, se fechar os olhos e imaginar, posso sentir a calma do fim de tarde, a noite caindo, os meninos chegando, todo mundo falando ao mesmo tempo dos amores (ou da falta deles), as risadas, as reclamações, os relatos de como foi o dia de cada um... A noite começando, a sensação de me arrumar correndo, esperar meu bem, ouvir o interfone tocar, sair correndo...
No fim do dia deitar na minha cama e pensar em como construí cada pedacinho de tudo aquilo que compõe minha vida.... Eu sempre pensava... Parece besteira, mas os quadros, os móveis, cada coisinha da cozinha, os livros, os detalhes... tudo escolhido por mim, tudo colocado no seu lugarzinho sonhado durante um tempão... Tudo construído por alguém que tem medo da vida, mas nunca desistiu de sonhar e assim conquistou muitas coisas...

Deixar tudo não é fácil, sinto falta dos detalhes mais bobos e às vezes acordo no meio da noite e por uma fração de segundo penso que estou na minha casa, mas olho as paredes vazias, as coisas meio jogadas e volto a dormir. Não estou em casa, minha casa não existe mais. Outros sonhos apareceram, outros caminhos e eu decidi seguir, não me arrependo, aliás, nunca me arrependi! Sinto saudade, mas estou feliz... outros sonhos e tempos virão e eu irei (re)construindo a minha história sempre...

Dezembro de 2013

Ano novo... Ilusão... Criamos esse tipo de ilusão para suportarmos a vida. A esperança de uma vida melhor, de um ano melhor... Não suportamos a linearidade da vida, essa eterna e insuportável rotina... Necessitamos de ilusões, de «recomeços» para não sermos esmagados pela vida, pela falta de esperança (resultado de inúmeras frustrsções), pela REALIDADE... Feliz ano novo, que ailusão seja suficiente para nos manter vivos e felizes..